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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Agressão à Infância




É essencial que se reconheça que uma tapa emana sempre da fraqueza, não da força. Pecado mesmo é a hipocrisia de transformar um descontrole numa tese de Pedagogia. Quando vejo uma criança levar da mãe ou do pai, uma tapa na cara, sinto que a cada uma dessas experiências humilhantes, alguma coisa se despedaça dentro desse projeto de ser humano, de tal forma, que o adulto sobrevivente é apenas uma sombra da pessoa
que poderia ter sido, paródia e caricatura da sinfonia que cada um traz dentro de si, como possibilidade de ser”. (Trecho de “O Amor tem mil caras” da Psicóloga Lídia Aratangy)
.A escola é um santuário de idéias. O caminho para educar o povo é o de possibilitar-lhe visão global, visão holística da realidade.
O caminho para educar o povo é possibilitar-lhe a passagem do senso comum de uma concepção fragmentária, incoerente, desarticulada, implícita, degradada, mecânica, passiva e simplista, para uma consciência filosófica de concepção unitária, coerente, articulada, explícita, original, intencional, ativa e cultivada. Todos os processos de educação apresentam o sagrado interesse de ensinar, dizia o Construtivista Carl Rogers.
Na educação e na psicologia, Rogers se opôs às práticas dominantes na sociedade.
Para ele, a tarefa do professor é facilitar o aprendizado e que o aluno o conduza ao seu modo. Rogers notabilizou-se como grande humanista cuja teoria se baseia numa visão otimista do homem. Uma filosofia essencialmente humanista preocupada com a formação do homem.
“Educar é fazer a criança pensar. Pensar é criar. Criar é libertar-se”. (Professor Cândido de Oliveira - Anais do Programa de Ensino da Escola Primária Paulista - 1.968)

                                                                                                               Lucrecia Anchieschi Gomes

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O Povo e o Parlamento

 
O Povo e o Parlamento
“A participação popular é, na verdade, uma forma de integração do povo nas decisões do Parlamento” (Dalmo de Abreu Dallari – fala de encerramento na Assembléia Nacional Constituinte em 26 de janeiro de 1.988)

No Brasil passou a vigorar na Constituição de 1.988 a possibilidade de iniciativas populares, referendos e plebiscitos; instrumentos de excepcional importância nos Estados Unidos da América quando em 1.776, Thomas Jefferson propunha que se utilizasse amplamente o referendun e se ouvisse permanentemente o povo.

A partir de 1.820 inúmeros Estados norte-americanos acolheram nas suas Constituições a iniciativa popular e o referendo. O instituto da iniciativa popular é fortalecedor do Parlamento.

O povo aliado ao Parlamento será sempre o defensor intransigente da independência e das prerrogativas de que necessita o parlamentar.

Uma das funções do Parlamento é captar a vontade do povo e transpô-la para os textos da legislação e em decorrência da participação do povo, haverá maior autenticidade nas decisões parlamentares.

Hoje o Parlamento Brasileiro sofre uma terrível crise de credibilidade devido aos desmandos, inoperância e omissões de seus componentes a ponto, de o Ministro do STF Joaquim Barbosa em palestra no Instituto de Educação Superior de Brasília, referir-se às legendas como “mentirinhas”, que transformam o Congresso em um Poder ineficiente e dominado pelo Executivo.

Bom lembrarmo-nos no entanto, que foi o STF que artificializou o quadro partidário com a verticalização de 2.002. Em 2.006 julgou inconstitucional a cláusula que visava à limitação das benesses concedidas às legendas e mais tarde em 2.011 flexibilizara sua própria visão de fidelidade partidária que permitiu a criação do PSD. E foi a Justiça, que barrou o desejo do Parlamento de cumprir seu verdadeiro papel legislador no recente caso da criação de legendas.

Cabe ao Congresso a iniciativa da lei, mas trata-se de um órgão de representação que não exerce o poder que a Constituição lhe atribui.

Há uma dívida institucional ainda não saldada: o exercício da representação popular. A relação entre representante e representado é conflituosa e autoritária.
 Lucrecia Anchieschi Gomes