Hoje admitimos a probabilidade maior de uma criança
ser admitida num hospital psiquiátrico do que numa universidade, o que nos leva
a interpretar como indicação de que estamos conduzindo mal as nossas crianças e
levando-as à loucura. Será que as estamos educando realmente? Provável que o
nosso método de educá-las é que as está levando à loucura.
Ninguém ensina ninguém, é preciso criar condições para a aprendizagem e
o professor deve ser o facilitador dessa aprendizagem.
Foi o filósofo e psicólogo suíço Jean Piaget quem descobriu que as
crianças não pensam como os adultos – têm sua própria ordem e sua própria
lógica.
Para o cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a
própria criança faz, um mecanismo que outros pensadores antes dele, já haviam
instruído, mas foi ele quem o submeteu à comprovação na prática.
Vem de Piaget a idéia de que o aprendizado é construído pelo aluno e é
sua teoria que inaugura a corrente construtivista.
Educar para Piaget é “provocar
a atividade” isto é, estimular a
procura do conhecimento. Os adultos devem assumir a responsabilidade de
conduzir as crianças por caminhos que elas desconheçam. Piaget acreditou e
comprovou que o conhecimento vem das descobertas que a criança faz.
A permanência
da criança na rua ameaça sua integridade e a de outras categorias sociais.
Existem ligações claras entre ambulantes, pedintes e meninos de rua, com o
mundo do crime organizado. Importa-nos enfrentar o fenômeno mais escandaloso de
nossa realidade, a esmagadora pobreza. Seres
humanos privados de direitos elementares como saúde, alimentação, trabalho,
educação, moradia, terra, cultura e lazer. É ingênuo imaginar que um banqueiro
promova a reforma agrária. E não é preciso ir longe pra descobrir essa gente, é só por os pés na cozinha e
constatar como vive a família da empregada doméstica.
Apesar de todo esforço governamental, há muito por ser feito ainda!
A crise da família está no olho do furacão da delinqüência bem nascida,
haja vista o alto índice de criminalidade entre os jovens de classe média.
Em Carta à Família (1.994) o Papa João Paulo II detecta um grande
despertar das
consciências entre os jovens: “Cresce
entre os jovens, uma nova consciência de respeito à vida” diz ele.
Em pouco mais de cem páginas o Papa discorreu alguns
dos mais delicados temas da atualidade - paternidade responsável,
individualismo, fidelidade, consumismo, direito à vida, desemprego, educação, etc.
Lucrecia Anchieschi Gomes
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