sábado, 20 de fevereiro de 2016

Agressão à Infância




É essencial que se reconheça que uma tapa emana sempre da fraqueza, não da força. Pecado mesmo é a hipocrisia de transformar um descontrole numa tese de Pedagogia. Quando vejo uma criança levar da mãe ou do pai, uma tapa na cara, sinto que a cada uma dessas experiências humilhantes, alguma coisa se despedaça dentro desse projeto de ser humano, de tal forma, que o adulto sobrevivente é apenas uma sombra da pessoa
que poderia ter sido, paródia e caricatura da sinfonia que cada um traz dentro de si, como possibilidade de ser”. (Trecho de “O Amor tem mil caras” da Psicóloga Lídia Aratangy)
.A escola é um santuário de idéias. O caminho para educar o povo é o de possibilitar-lhe visão global, visão holística da realidade.
O caminho para educar o povo é possibilitar-lhe a passagem do senso comum de uma concepção fragmentária, incoerente, desarticulada, implícita, degradada, mecânica, passiva e simplista, para uma consciência filosófica de concepção unitária, coerente, articulada, explícita, original, intencional, ativa e cultivada. Todos os processos de educação apresentam o sagrado interesse de ensinar, dizia o Construtivista Carl Rogers.
Na educação e na psicologia, Rogers se opôs às práticas dominantes na sociedade.
Para ele, a tarefa do professor é facilitar o aprendizado e que o aluno o conduza ao seu modo. Rogers notabilizou-se como grande humanista cuja teoria se baseia numa visão otimista do homem. Uma filosofia essencialmente humanista preocupada com a formação do homem.
“Educar é fazer a criança pensar. Pensar é criar. Criar é libertar-se”. (Professor Cândido de Oliveira - Anais do Programa de Ensino da Escola Primária Paulista - 1.968)

                                                                                                               Lucrecia Anchieschi Gomes

Família - Escola de Amor




Se no seu seio familiar, crianças e jovens, adultos e anciãos, aprendem a amarem-se porque são irmãos, filhos e pais, ao entrarem numa sociedade tremendamente competitiva, marcada pela inveja e mútuas rejeições, os novos cidadãos terão a chance de trazer consigo, um grande patrimônio e depositar amor onde se encontra o desamor.
Feliz a comunidade humana que recebe das famílias tal tesouro!
A geração de 68 vive em desconforto: grandes sonhos e sacrifícios, cantos, passeatas, olhar altivo de ícones pregados nas paredes iluminando os quartos, tudo, resultou em filhos que queimam fumo, detestam política, e de academias, só conhecem as de ginástica onde “o culto do corpo compensa a atrofia do cérebro”.
Essa geração queria mudar o mundo, criar homens e mulheres novos.
Lutaram pelo fim da ditadura e foram às ruas para o advento da democracia.
Os pais da modernidade deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão e ensinaram a situar o “sujeito homem” no centro do pensamento e a crença de que, a razão sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.
“O homem aferrado à razão não se dá conta de que ela é “a imperfeição da inteligência”. (Tomás de Aquino)
Baudelaire e Gautier em 1.864 falaram pela primeira vez em pós-modernidade.
O pós-moderno aparece na moda, na estética e no estilo de vida – é a cultura da evasão da realidade.
                                                                                                                                          
 Hoje é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade, onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.
É necessário o resgate da ética, da cidadania, das esperanças, para que haja justiça.
Diz o ditado: “É com homens formados no velho sistema que muitas vezes, se fazem as grandes transformações”.

Certa vez perguntaram ao Buda o que mais o surpreendia na humanidade e ele respondeu: “A cabeça dos homens, porque perdem a saúde para juntar dinheiro. Depois, perdem dinheiro para recuperar a saúde e por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma, que acabam por não viver nem o presente e nem o futuro e vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”.

                                        Lucrecia Anchieschi Gomes