Se no seu seio familiar, crianças e jovens, adultos e anciãos, aprendem a
amarem-se porque são irmãos, filhos e pais, ao entrarem numa sociedade
tremendamente competitiva, marcada pela inveja e mútuas rejeições, os novos
cidadãos terão a chance de trazer consigo, um grande patrimônio e depositar
amor onde se encontra o desamor.
Feliz a comunidade humana que recebe das famílias tal tesouro!
A geração de 68 vive em desconforto:
grandes sonhos e sacrifícios, cantos, passeatas, olhar altivo de ícones
pregados nas paredes iluminando os quartos, tudo, resultou em filhos que
queimam fumo, detestam política, e de academias,
só conhecem as de ginástica onde “o culto do corpo compensa a atrofia do
cérebro”.
Essa geração queria mudar o mundo, criar homens e mulheres novos.
Lutaram pelo fim da ditadura e foram às ruas para o advento da
democracia.
Os pais da modernidade deixaram de herança a confiança nas
possibilidades da razão e ensinaram a situar o “sujeito homem” no centro do
pensamento e a crença de que, a razão sem dogmas e donos, construiria uma
sociedade livre e justa.
“O homem aferrado à razão não se dá conta de que ela é “a imperfeição da inteligência”. (Tomás
de Aquino)
Baudelaire e Gautier em 1.864 falaram pela primeira vez em pós-modernidade.
O pós-moderno aparece na moda, na estética e no estilo de vida – é a
cultura da evasão da realidade.
Hoje é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista
de uma sociedade, onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.
É necessário o resgate da ética, da cidadania, das esperanças, para que
haja justiça.
Diz o ditado: “É com homens formados no velho sistema que muitas vezes,
se fazem as grandes transformações”.
Certa vez perguntaram ao Buda o que mais o surpreendia na humanidade e
ele respondeu: “A cabeça dos homens,
porque perdem a saúde para juntar dinheiro. Depois, perdem dinheiro para
recuperar a saúde e por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente
de tal forma, que acabam por não viver nem o presente e nem o futuro e vivem
como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”.
Lucrecia Anchieschi Gomes
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