Movimentos de Rua e
Eleições Limpas
As manifestações de rua de 2.013 não só cobravam
mais trabalho, seriedade e dedicação dos parlamentares, mas indicavam acima de
tudo, a inconformidade da população em relação à política que aí está.
O Projeto de Lei de Iniciativa Popular “Eleições
Limpas” quando aprovado terá mudado e muito as questões pelas quais gritavam os
movimentos de rua.
“Eleições Limpas” representa um complexo de
medidas que as pessoas precisam entender bem para aceitar e difundir com toda
segurança e entusiasmo.
Das propostas defendidas, a liberdade de expressão
especialmente na Internet, hoje perseguida por leis retrógradas que permitem
que internautas sejam multados por emissão de opiniões de natureza crítica, pode
mudar para maior liberdade, dentro de padrões éticos exigidos pela própria Lei.
O segundo ponto a chamar nossa atenção e ser
valorizado é a votação em dois turnos: o cidadão vota no Partido e depois
escolhe um candidato da lista da legenda.
De todas as propostas elencadas, a retirada do
financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas privadas é o mais
importante, pois todos nós sabemos que a nossa ainda frágil Democracia vem
sendo descaradamente financiada pelo poder econômico.
Entretanto, sabemos da grande resistência da
classe política em aprovar mudanças, pois os parlamentares acreditam na sua
reeleição com as regras que aí estão. Mudanças só viriam atrapalhar seus planos
de se perpetuarem no poder.
Têm interesse em financiar campanhas eleitorais:
frigoríficos, faculdades particulares, hospitais privados, planos de saúde,
etc. Os maiores financiadores são os bancos, as mineradoras e as construtoras.
Depois das doações de empresas, hoje é o Fundo
Partidário a segunda maior fonte de receita das legendas, tendo aumentado
depois de o Congresso em 2.011 haver injetado um extra de 100 milhões de reais
que ajudou no pagamento de dívidas de campanha eleitoral do ano anterior.
O Fundo foi regulamentado em 1.995 e graças a
manobras de líderes partidários no Congresso, a definição de recursos
orçamentários para o financiamento dos partidos alcança R$ 300 milhões por ano,
desde 2.011.
Lucrecia
Anchieschi Gomes