O matemático e filósofo Pitágoras ensinava que era necessário educar as
crianças para não se ter que punir os adultos. Florestan Fernandes por sua vez,
acreditava que um povo educado não aceitaria as condições de miséria e
desemprego como as que vivenciamos no Brasil e em grande parte do Mundo. À
Revista Nova Escola em 1.991 dissera que “A
escola de qualidade não é redentora da humanidade, mas um instrumento
fundamental para a emancipação dos trabalhadores.”
Dizia que o Brasil era atrasado em relação à cultura cívica –
compromisso em torno do mínimo interesse comum – por dois motivos: primeiro, porque estimularia as
massas populares a participar politicamente e segundo, porque ao mesmo tempo,
tiraria das classes dominantes a prerrogativa de fazer tudo o que quisessem,
sem precisar dar satisfações ao conjunto da população.
Foi da retomada de princípios pedagógicos proclamados por Confúcio, que
antes de Cristo afirmava: ”sei, porque faço” e de pioneiros da
Escola Nova no Brasil advogando a tese “para
saber é preciso aprender fazendo”, que surgiu há mais de quarenta anos o
Centro Integrado Empresa Escola (CIEE) que ao introduzir o estágio, vem
revolucionando pedagogicamente a educação brasileira neste Século XXI.
“O estágio fez
a ponte entre a escola e a empresa, tendo dado início ao rompimento do divórcio
entre estudo e trabalho”. (Professor Dr. Paulo Nathanael Pereira de Souza –
Ex-Secretário de Educação de São Paulo)
“A paixão de
formar caracteriza-se por um movimento psíquico que se mantém internamente,
apesar de todas as instabilidades externas que se vincula à realidade”. (A Paixão de Formar –
Maria Cecília Pereira da Silva – Artes Médicas).
O Brasil só conseguirá avançar no capital social, quando houver melhorias
na educação. Estudo do Banco Mundial
aponta como fator de deficiência brasileira o Ensino Básico precário que
resulta em profissionais pouco qualificados, universidades distantes do setor
produtivo e voltadas tão somente para o conhecimento mais teórico do que
prático.
O papel da Educação é fundamental no enfrentamento dos atuais desafios
da humanidade: o crime organizado,
as guerrilhas, o terrorismo, o tráfico (drogas, crianças, mulheres, armas,
animais...) e os movimentos extremados de grupos religiosos e racistas.
Duas coisas são verdadeiras:
a força e a fraqueza nos jovens contemporâneos.
Força, oriunda da própria idade. Das esperanças que a vida oferece. Da
capacidade de amar. Dos impulsos generosos que sentem. Do amor à verdade e a
sinceridade, contrários à hipocrisia e o fingimento.
Fraqueza, resultante das muitas formas de manipulação a que são sujeitos
em detrimento de suas próprias qualidades e em benefício, quer de sistemas
ideológicos, quer de modelos econômicos, quer dos lucros. Lucros da indústria
da droga, do comércio da
pornografia, dos laboratórios de preservativos graças aos quais, os
adultos fazem dos jovens, puros objetos de toda sorte de tráfico.
Lucrecia Anchieschi Gomes
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