09
de Dezembro
Dicionário de Sinônimos e Antônimos da Língua
Portuguesa de Francisco Fernandes – Editora Globo, 1998 – 29ª. edição, Rio de
Janeiro, Brasil, registra: “corrupção é
sinônimo de putrefação, deterioração, decomposição, devassidão, perversão,
desmoralização, depravação, prevaricação, corrompimento”.
Inspirados no filósofo John Rawls, entendemos
como corrupção, “aquele exercício de
concentração de poder, que implica no desequilíbrio da capacidade de negociação
dos atores políticos e econômicos, provocando efeitos negativos sobre os
benefícios do bem comum”.
Adotada a Lei de Acesso à Informação 12.527/2011
em muito contribuiria para inibir atos de corrupção.
Lei Anticorrupção 12.846/2013 em vigor desde 29
de janeiro de 2014, que reprime a corrupção empresarial e estimula as
companhias a adotarem estruturas internas de controle ético e obediência às
leis, somadas à previsão dos acordos de leniência, mudará a cultura empresarial
no país.
Portanto, transparência e controle social são
fatores indispensáveis para o combate desse flagelo que assola o país.
Importante que se brigue pela implementação de políticas públicas que enfrentem
definitivamente a questão da corrupção no Brasil. A impunidade amplia os
limites dos corruptos e dos corruptores.
A sonegação tem sido grande índice de corrupção.
Um sistema de administração de justiça efetiva se traduz em instrumento eficaz
de combate à corrupção. A falta de mecanismos de controle público e cidadão, e
a forma pouco transparente com que se maneja a gestão pública, propiciam
oportunidades à corrupção.
Douglas North observou que a liberdade, a igualdade
e a democracia só sobrevivem com base num poder controlado.
Segundo pesquisa da FIESP, a corrupção faz o
Estado brasileiro perder de R$ 50 a 84 bilhões por ano, correspondendo a um ou
2% do PIB.
As grandes empresas sonegam e usam o dinheiro
para pagar o Caixa II de campanhas eleitorais e subornam políticos e
burocratas. É preciso esclarecer a opinião pública sempre que haja crime contra
o sistema financeiro, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Ranking sobre corrupção divulgado pela ONG
Transparência Internacional no dia 03.12.2014, publicado no UOL, nos dá conta
dos dez países menos corruptos do mundo:
1º. A Dinamarca
lidera como o país com a menor percepção de corrupção no setor público. O país
ocupa a liderança do ranking entre os menos corruptos desde 2.012.
2º. A Nova
Zelândia ocupa o segundo lugar. É o segundo país com a menor percepção
sobre corrupção no setor público do mundo.
3º. Helsinque
– capital da Finlândia, país
escandinavo que ficou com o terceiro lugar – a mesma posição obtida em 2.013.
4º. Estocolmo
– capital da Suécia, ficou em
quarto lugar no ranking sobre percepção da corrupção no setor público.
5º. A Noruega
se manteve na quinta posição. A mesma conquistada em 2.013. É conhecida no
mundo, pelo menor índice de desigualdade.
6º. A Suiça
obteve a sexta posição no ranking. Ponto
curioso é o fato de os bancos do país, receberem dinheiro desviado em esquemas
de corrupção ao redor do mundo.
7º. Cingapura
(Sudeste Asiático) é o país do Continente melhor colocado. É conhecido por ter leis
rígidas contra a corrupção.
8º. Holanda
– mantém a mesma posição que havia conquistado em 2.013.
9º. Luxemburgo
– país europeu que ficou em nono lugar, é
destino de recursos oriundos de atividades ilícitas de diversos países do mundo.
10º. Canadá
– caiu de posição, pois em 2.013 havia ficado em nono lugar.
O Brasil patina
em ranking de corrupção internacional na 69ª.
posição, entre 175 países.
Embora denúncias tenham sido feitas e condenados
os que foram julgados, o Brasil, só avançará no combate à corrupção quando
implementada a Reforma Política desejada.
Entende-se por percepção da corrupção, “a percepção oferecida pela própria
mídia, cobrindo as elites detentoras de poder político diretamente no setor
público ou indiretamente no setor privado empresarial, mesmo que subsidiados
pelos chamados ‘queridinhos da mídia’, alguns artistas, consultores e
acadêmicos, ditos formadores de opinião”.
(blogdomaranhao.blogspot.com.br)
O ranking avalia como diferentes setores
percebem o nível de corrupção no setor público de países e territórios.
E aí vai mais um ano do Dia Internacional de Combate à
Corrupção - os seus 11 anos de festa, por enquanto, e só!
Lucrecia
Anchieschi Gomes
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