terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Propaganda Subliminar

 
Trata-se de técnica de propaganda baseada na transmissão de mensagens que não são percebidas pelo público de forma consciente.

Neste ano de eleição devemos acompanhar atentamente as propagandas eleitorais, pois é época propícia para o surgimento de grupos de pressão, visando manipular nossa liberdade de escolha. A desesperada luta pelo poder leva os menos éticos e os mais afoitos, a lançarem mão de técnicas de manipulação - um verdadeiro safári na floresta de propaganda eleitoral.

 A escolha do voto passa pela crítica das mensagens que o candidato envia - da expressão corporal aos impressos e jingle que ele usa.

O candidato que planta subliminar não é merecedor de confiança, não é digno do nosso voto. Escolhamos por eliminação, cortando todos aqueles em cujo material de propaganda  apareça o subliminar.

É importante escolher bem, negando nosso voto aos oportunistas, impedindo-lhes o acesso a cargos públicos onde disseminariam a corrupção, o nepotismo e o estelionato eleitoral.

 Nos horários gratuitos na televisão e no rádio, observemos a fala do corpo e o ritmo da música nas propagandas eleitorais.

É bom que treinemos nossa percepção na leitura de gestos, olhando atentamente a posição do corpo e expressão facial do candidato: o modo como ele olha, trinca os dentes, aperta as pálpebras, mostra quem ele é e o que tenta esconder de nós.

Outro elemento é o som: de olhos vendados, procuremos ouvir o jingle e as músicas. Se tiverem um ciclo rítmico de 80 batidas por minuto, o candidato está tentando nos inibir e quebrar nossa defesa.

 Na propaganda opressora, o político indica soluções e caminhos fazendo as massas se moverem feito rebanho. Na elucidativa, o candidato questiona e deixa o cidadão decidir.

Só os democratas empregam a propaganda elucidativa, ou seja, aqueles que têm respeito ao eleitor e principalmente respeito às classes intelectual e economicamente menos favorecidas.

Um dos mais rumorosos casos sobre o extraordinário poder da propaganda subliminar ocorreu nos Estados Unidos no ano de 1957. De acordo com o pesquisador James Vicary, as mensagens “coma pipoca” e “beba coca-cola”, foram exibidas num cinema de New Jersey por um período de seis semanas e, vistas por 45.669 freqüentadores durante o filme Picnic.

Cada mensagem aparecia na tela por três milésimos de segundo, uma vez a cada cinco segundos.

A duração de cada flash era tão curta que nenhum espectador o percebeu. Nesse período constatou-se crescimento de 57,7% na venda de pipoca e 18,1% na de coca-cola.

 No ano 2000, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, George W. Bush valeu-se da propaganda subliminar para qualificar seus rivais democratas de “ratos”. O programa, exibido 4.400 vezes em todo país, ao custo de US$ 2,5 milhões, criticava o plano do candidato Al Gore de mudar a sistemática de reembolso de medicamentos e destacava que: se os democratas fossem eleitos, os burocratas de Washington interfeririam no que os médicos prescrevessem. Nesse momento aparecem em destaque numa fração de segundo, as quatro últimas letras da palavra burocrata (bureaucrats em inglês), ou seja: “rats”. Portanto, a palavra “ratos” aparecia em fração de segundo, permitindo a captação da mensagem pelo cérebro, não percebida conscientemente pelo espectador.

Segundo o diário New York Times, fora um atento telespectador de Seattle que percebeu a imagem e alertou a equipe de Gore.

Embora ocorra esse recurso, grande contingente da população repudia teses conspiratórias e podemos concluir que o eleitor já distingue o supérfluo do importante, a ficção da realidade e muda de posição diante de fatos relevantes.
 
Lucrécia Anchieschi Gomes

 

 

 

 

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