Política e Democracia
Política é a arte da promoção do bem-comum através da prática da solidariedade, da justiça, da liberdade e da democracia.
Política é a arte da promoção do bem-comum através da prática da solidariedade, da justiça, da liberdade e da democracia.
Democracia, formada por “demo” que quer dizer
povo e “cracia” poder. No ano 507 a C, a Grécia instaurou a democracia,
instituindo assim relação de mútuo respeito entre povo e poder. Democracia é um
sistema de governo que tem por fundamentos a igualdade perante a lei. Estamos
construindo a nossa democracia e por isso é preciso zelar pelo seu
fortalecimento e consolidação.
Embora seja difícil vivenciar uma democracia
inacabada, ela ainda é a melhor forma de governo e fora dela não há salvação. Sempre
que duas ou mais pessoas estiverem falando de democracia é provável que cada
qual esteja pensando coisas diferentes, mas a dificuldade em defini-la ou de
conceituá-la, não invalida a convicção de que ela é boa para o povo e que a
segurança no Mundo depende dela. Há duas formas de entendermos a relação de
poder entre Estado e sociedade:
1) Democracia
Representativa – uma forma de governo que mantém plenas garantias
individuais e protege o cidadão dos abusos do Estado e das maiorias.
2) Democracia
Participativa – uma forma revolucionária de governo, onde as regras do jogo
podem ser alteradas de acordo com os interesses do povo.
E é essa democracia que todos devemos aspirar,
em atendimento ao Artigo 1º. § único da Constituição Federal, que sugere,
encoraja e convida à participação: "Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição."
Já há muitas formas de participação através dos
vários Conselhos existentes em todo o País constituídos pela sociedade civil, grupos
organizados, sindicatos, comunidades.
Num sistema público de fiscalização deteriorada,
desestruturada e corrompida é preciso que a sociedade se organize e reconduza o
sistema a parâmetros toleráveis. Esse é o desafio da democracia participativa.
O saudoso Jurista Miguel Reale dizia que no
Brasil não há consciência democrática por falta de educação política e ele
tinha razão, pois é a educação política que gera a consciência democrática que
permite ao cidadão o exercício pleno da cidadania. Educação para a
Cidadania se dá através de conteúdos específicos nas disciplinas, na
dinamização dos grêmios estudantis, nos Centros Acadêmicos, nos sindicatos e
nas comunidades em geral.
Sempre que falarmos de democracia ou sistemas
democráticos, não podemos prescindir da noção de cidadania.
E “cidadania é a prática ou o exercício de
direitos plenos”. No direito brasileiro, “cidadão é a pessoa que vota e pode
ser votada”. Para alguns, “cidadania é um atributo político decorrente do
direito de participar no governo e ser ouvido pelos representantes políticos”. Para
nós, é muito mais!
Ser cidadão é ter amplo acesso aos direitos
civis, sociais, políticos, econômicos e culturais que lhe garantam uma vida
digna.
O cidadão é o agente reivindicante que ao adotar
técnicas de participação direta, promove o desabrochar de direitos novos como o
são os direitos da criança e do adolescente, o direito aos idosos, o direito às
populações indígenas, direito aos portadores de necessidades especiais e outros
tantos que deverá conquistar ao longo do sistema. A concepção moderna de
democracia exige além do voto, a participação direta do cidadão, nas decisões e
controle do Estado, de forma a garantir-lhe a vigência e a eficácia dos
direitos fundamentais.
Lucrecia Anchieschi Gomes
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